segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Faz hoje um ano...

Faz hoje um ano que o Vasco nasceu! Correu tudo de forma tranquila, cheguei à maternidade pelas 14h00 e o nosso bebé nasceu pouco antes das 17h00. 

O João queria ir para a maternidade de bicicleta e eu cheia de contracções olhava para ele, que estava num misto de nervosismo e de excitação e nem queria acreditar no que ele me estava a propor...

Talvez hoje compreenda que ele naquele momento quisesse partilhar a felicidade que estava a sentir com a bicicleta e deixar-se levar por ela, fundir-se nela, estar em sintonia com a natureza, com os sons, cheiros e ter uns instantes antes de algo tão avassalador como o nascimento de um filho  acontecer.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Escolhas

Conversava com uma amiga de longa data, sobre as "gracinhas" dos nossos filhos. A filha dela saiu-se com esta afirmação:"Sabes mamã, os pobrezinhos não têm carro". Rimos as duas e a conversa continuou a rolar saborosamente.

Mais tarde lembrei-me de um episódio que ocorreu comigo enquanto montava o Croozer à bicicleta depois de ter vindo de uma consulta na Cuf Descobertas. Esta montagem causa sempre um grande impacto para além de toda a panóplia de equipamentos, temos as duas crianças e eu, que devo parecer uma verdadeira heroína saída directamente do "Disney Chanel", uma vez que quero fazer a montagem o mais rápido possível e sempre com um sorriso nos lábios para transmitir que qualquer um pode fazer aquilo... 

Então perante este cenário a minha assistência era constituída por uma mãe e uma filha igualmente espantadas e boquiabertas com tudo aquilo. A criança ia-me fazendo perguntas e eu respondendo, a determinada altura sai-se com esta: "Tu não tens carro?" A minha primeira reacção, foi de dizer: "Que disparate é esse?", tal foi a forma como a criança estava a abalar o meu mundo... logo a mim que me sentia uma super heroína com o meu desempenho!

Respirei fundo e calmamente respondi:"Tenho, mas prefiro andar de bicicleta. E tu gostas de andar de bicicleta?"






quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Isso e couves

Fumar mata! Todos já ouvimos esta frase milhões de vezes, já foram feitos estudos e mais estudos, campanhas, etc e as pessoas continuam a fumar...

Por isso quando me dizem que a bicicleta dá saúde, eu encolho os ombros e penso "Isso e couves..."

Sim dá saúde, tal como as couves, os ginásios e muitas outras coisas... Agora o que a bicicleta proporciona é saúde mental, bem-estar, felicidade e é no fundo isto o  que a diferencia das couves.


Definição de bicicleta

Se me perguntarem qual é a minha definição de bicicleta, direi que é AMOR. Sim, isso mesmo amor! 

Amor por mim, pelos meus filhos e pelo meu João. Amor pelo ambiente, pelos amigos, pela VIDA.

A bicicleta implica esforço, dá trabalho, causa sofrimento, obriga a olhar, a cheirar, a sentir o que nos rodeia, põe em causa crenças, hábitos, altera, modifica e em última análise transforma. E por isso, é amor. Porque que eu acredito que só o amor transforma.

Então se a bicicleta é isto tudo, porquê tanta resistência da minha parte em aceitá-la, em confiar nela? É difícil mudar...

Porquê criar um blog? Porque sim!

Porquê criar um blog? Porque sim! 

Mas, como mãe de 2 filhos, sei que porque sim não é resposta. E não é só por ser mãe... como pessoa, indivíduo se não tentarmos encontrar respostas para as nossas questões, a dúvida persiste, e com ela surge a ansiedade, frustração e todo um conjunto de sentimentos que nos podem envolver numa nuvem sombria e para quem me conhece, sabe como eu gosto de ver o mundo como sendo cor-de-rosa.

O principal motor da minha escrita é o uso da bicicleta, que tem funcionado para mim como barómetro emocional, quando me sinto bem, para mim não existem barreiras para a utilizar!! Agora, quando isso não acontece lá arranjo desculpas para não a utilizar.

Por exemplo, hoje fui levar os miúdos à escola de carro e quando o meu filhote me perguntou - "Mamã, porque não viemos de Croozer?" Eu menti com todos os dentes que tenho na boca - "Oh filhote porque pensava que estava a chover". 

E durante o percurso para a escola, pensava como era injusto o destaque e a preferência que se dá ao carro... Olhava para as pessoas que esperavam pacientemente para atravessarem... Que sentido isto faz? Não generalizando, é claro, mas, numa zona pedonal, que se espera que seja um local de intermodalidade, não deveriam ser sempre os peões com prioridade? Porque que raio têm de ser peões a esperar?